Hoje, 13/04/2024,
tivemos a primeira reunião do Mohas – Movimento Habitacional e Ação Social – com o projeto Sonho Real, depois da seleção anunciada pelo governo Lula.
tivemos a primeira reunião do Mohas – Movimento Habitacional e Ação Social – com o projeto Sonho Real, depois da seleção anunciada pelo governo Lula.
Me lembrei muito do início do primeiro grupo de Moradia que participei há 30 anos.
Logo, veio a redemocratização, eleições, Lula venceu e houve melhores condições de vida para a população, porém não trouxe, junto, a solidariedade, a comunhão e a força do povo capaz de revolucionar a relação humana com a fraternidade. A tão sonhada conscientização da população virou iogurte e meritocracia.
Os espaços institucionais conquistados foram ocupados por burocratas de ar condicionado muito longe da realidade.
Nossos filhos nasceram numa sociedade insegura e incapaz de reagir. Envelhecemos e nos afastamos da Política com "P" maiúsculo.
Abrimos espaços pra uma geração desacreditada, sem esperança, e solitária nas mídias sociais – mesmo com grande engajamento. Velhacos (as), sem a relação humana.
Os fascistas venceram. Tempos sombrios. Mais de 700 mil mortos sem a menor compaixão.
Morremos!
Uma música dizia mais ou menos assim: "Se o grão de trigo não morrer, viverá na solidão. Mas se a caso ele morrer, muitos frutos hão-de dar".
Penso que é momento de renascer, é necessário surgir uma nova sociedade capaz de reviver as esperança que move as pessoas para o encontro.
Uma casa é importante, mas o que é preciso é muito além disso. Ouvi um grupo de mulheres, no final da reunião, falando sobre o futuro. Diziam que seriam vizinhas e que fariam café juntas e que teriam flores na sacada. Um sonho, esperança.
Nada é mais potente do que estar junto com pessoas para transformar casa em vida com dignidade.
Faltou um grito de guerra ensaiado, alguém disse de forma espontânea:
"O MOHAS é família com direito à moradia".
Um grupo que começa a se ver como família e que busca direito à moradia é uma chama de esperança.
Vamos vencer, e aos poucos conquistar uma sociedade mais humana e igualitária.
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